A Força que Move as Organizações
A força propulsora das organizações são as pessoas e o combustível para a sua propulsão é a sua valorização, capacitação e estímulo para que se comprometam com os resultados que precisam atingir.
As organizações com clima e cultura favoráveis aos relacionamentos e interações entre as pessoas, respeito às diferenças individuais e aos papéis exercidos, dos mais simples aos mais complexos, e que investem no comprometimento da sua força de trabalho com as suas estratégias e planos, são mais produtivas e atingem melhores resultados.
As pessoas que se sentem desvalorizadas tendem a negligenciar e são mais propensas ao erro, doenças ocupacionais, atrasos, faltas e a envolverem-se em conflitos. Por outro lado, pessoas que se sentem valorizadas adquirem mais confiança, são mais felizes, não desejam decepcionar, contribuem mais e comprometem-se com os resultados que precisam atingir. Há brilho nos seus olhos e orgulho de pertencer à organização.
Cada pessoa possui um universo dentro de si, mas, conforme a sua percepção da realidade, desenvolve mais algumas características, o que leva a formação de diferentes perfis. Quanto mais predominantes forem as características de um perfil, maior será a dificuldade em lidar com a dos demais.
As pessoas com perfil empreendedor predominante normalmente mantêm o foco no futuro e são mais criativas, inovadoras, apreciam novidades, imaginar o que está por vir e sentem maior dificuldade em planejar, executar, ater-se a detalhes.
As pessoas com perfil planejador predominante normalmente mantêm o foco no passado e são mais cautelosas, atentas aos detalhes, gostam de planejar, interpretar, sintetizar e sentem maior dificuldade em criar e demoram mais para executar, podendo descumprir os prazos previstos pelo excesso de zelo, pois precisam de referências e segurança para agir.
As pessoas com perfil executor predominante normalmente mantêm o foco no aqui e agora, na ação, são mais ágeis e impulsivas, superam adversidades e barreiras que outros perfis muitas vezes não conseguem e sentem maior dificuldade em criar, inovar, planejar e ater-se aos detalhes.
As pessoas com perfil comunicador predominante normalmente mantêm o foco nas pessoas, nos relacionamentos e são mais entusiastas, boas em resolver conflitos, integrar pessoas, fortalecer relacionamentos, vender ideias e soluções e sentem maior dificuldade em inovar, planejar e executar.
No cenário atual, onde as mudanças ocorrem de forma exponencial, o vigor e o atrevimento característico da juventude para inovar são imprescindíveis, mas também é necessário a cautela e a sabedoria da maturidade, conquistada através de vários anos de experiência, somado a isso, os pontos a melhorar de cada perfil, são os pontos fortes dos outros, complementando-se.
É uma vantagem competitiva entender e saber conjugar as características dos diferentes perfis, faixas etárias e conhecimentos na composição das equipes para o desenvolvimento de projetos ou execução de trabalhos de forma colaborativa.
A formação de equipes multifuncionais com pessoas de diferentes perfis, quando conduzidas com respeito às diferenças individuais e pontos de vista, onde todos são ouvidos, é propícia para a criação de vínculos e poder sinérgico entre os participantes, ampliar a sua percepção para encontrar soluções que, individualmente, não conseguiriam, além de potencializar a sua capacidade para o alcance de resultados extraordinários.
Todas as pessoas são capazes. No entanto, expressivo número de pessoas é vítima de escolhas equivocadas. Assumem trabalhos em desacordo com o seu perfil e não conseguem progredir porque passam a conviver com as suas dificuldades deixando de explorar os seus pontos fortes, frustrando-se e criando crenças limitantes a seu respeito. Da mesma forma, muitas organizações dispensam pessoas com grande potencial inexplorado por também desconhecerem o caminho do tesouro escondido em cada ser.
Lideranças hábeis, que saibam identificar e lidar com as diferenças individuais, incentivando o desenvolvimento de cada integrante da sua equipe, promovendo a sua integração, alinhamento com os valores organizacionais e comprometimento com os resultados, são capazes de superar eventuais deficiências de desempenho ou de recursos formando equipes de alta performance aptas a atingirem resultados extraordinários.
Lúcia Arlete Machado Nunes
Consultora Organizacional & Comportamental, CEO da Dragon - Transformação & Prosperidade Empresarial
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